Um jogador lendário, um sinónimo de elegância futebolística, o nome mais brilhante do passado – tudo isto e muito mais é Pelé. Os anos 50, 60 e 70 pertenceram a este talento, cujo nome próprio é Edeson Arantes do Nascimento.
Nasceu na cidade de Três Corações, no estado brasileiro de Minas Gerais. A sua origem é relativamente pobre, como acontece com os craques locais. Passou a sua juventude em parques infantis improvisados e, mais tarde, o seu pai inscreveu-o num clube de Bauru, perto de São Paulo. Os treinadores das camadas jovens do clube não tardaram a reconhecer o imenso talento que tinham à sua frente e recomendaram-no ao maior clube da zona, o FC Santos. Foi aqui que ele também deu seus primeiros passos profissionais.
Com pouco menos de 16 anos, entrou em campo contra o Corinthians e marcou logo um golo. Mal se sabia na altura que tinha acabado de iniciar uma avalanche que iria parar no final da sua carreira com a incrível marca de 1.284 golos!
Passou a maior parte da sua carreira no Santos, onde jogou de 1956 até ao verão de 1974. Foi nesse ano que se reformou pela primeira vez, mas prolongou a sua carreira por mais três anos quando se mudou para o continente norte-americano, mais concretamente para o New York Cosmos. Embora houvesse grande interesse na Europa, Pelé preferiu o ambiente familiar e é, sem dúvida, um dos jogadores mais leais do futebol de alto nível.
Por isso, ele só se mostrou aos olhos dos europeus esporadicamente, em eventos internacionais. Aos 16 anos, chegou à seleção nacional e representou-a durante uns incríveis 15 anos. Disputou 92 jogos e marcou 77 golos pelas Canárias. Com a seleção nacional, conquistou o título mundial em três campeonatos do mundo consecutivos (1958, 1962 e 1970). No entanto, em 1962, falhou o jogo final contra a Checoslováquia por se ter lesionado nos jogos anteriores.
Após a sua carreira ativa, tornou-se, por exemplo, uma estrela de cinema. Foi também Ministro do Desporto do Brasil até 1998.